A importância das cooperativas no Brasil - Sicoob Central SC/RS

Ricardo: As cooperativas financeiras têm se destacado ao ofertar taxas mais atraentes e condições desburocratizadas para seus associados

Por Ricardo Gandra – jornalista, pós-graduado em Comunicação e Marketing, Comunicação Empresarial e em Imagens e Culturas Midiáticas

O Brasil é um país plural, com uma economia gigante e complexa, lembrada por desigualdades sociais e regionais. Nesse quadro social e, muitas vezes paradoxal, as cooperativas têm se mostrado um exemplo para o desenvolvimento sustentável, socioeconômico e inclusivo, especialmente em regiões e comunidades menos favorecidas. A importância das cooperativas no País ultrapassa as questões que envolvem geração de empregos e renda; elas promovem um modelo de gestão mais justo, coerente e equilibrado, onde o foco é a prosperidade do coletivo. 

Números gigantes
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) expõe dados importantes. O sistema cooperativista no Brasil reúne mais de 18 milhões de associados e é responsável por uma fatia significativa da economia, em especial em setores como o do agronegócio, financeiro e saúde. As cooperativas de produção, por exemplo, são fundamentais para a exportação de commodities, fortalecem o agronegócio nacional e colaboram enormemente para que o PIB (Produto Interno Bruto) “esteja no azul”. 

As cooperativas financeiras têm se destacado ao ofertar taxas mais atraentes e condições desburocratizadas para seus associados, em relação às instituições bancárias tradicionais. Estamos falando de inclusão financeira para milhares de brasileiros, especialmente micro e pequenos empreendedores e homens do campo que, de outra forma, teriam dificuldade em acessar serviços bancários. 

Cooperativas e inclusão social
As cooperativas se baseiam em princípios de solidariedade, autonomia e autogestão, o que permite que os associados participem ativamente das decisões da organização. Esse modelo colaborativo e participativo dá voz aos associados de maneira geral, uma vez que, em um cenário convencional, poderiam ser marginalizados e excluídos pelas grandes corporações. 

Desenvolvimento sustentável
A gestão coletiva e a divisão dos lucros incentivam a criação de práticas mais conscientes, tanto do ponto de vista social quanto ambiental. Em muitas cooperativas de produção, por exemplo, são implementadas políticas de preservação ambiental e de uso sustentável do solo, o que garante uma atividade agrícola responsável e equilibrada. 

Desafios e oportunidades
O cooperativismo tem crescido enormemente nas últimas décadas, contudo, ele ainda enfrenta desafios no Brasil. A falta de conhecimento sobre o modelo cooperativista é um grande entrave que necessita ser superado. Não se vê políticas públicas que incentivem e fortaleçam esse setor, oferecendo suporte técnico e financeiro para que mais cooperativas possam se consolidar. O cooperativismo tem deixado o cenário de “discreto” para “mais conhecido” com a inserção de publicidades, patrocínios esportivos e propagandas em mídias mais assistidas pela população. 

Em contrapartida, as oportunidades são vastas. Com o aumento da demanda por produtos e serviços sustentáveis, as cooperativas têm o potencial de se destacar ainda mais no mercado. Elas são um exemplo de que é possível conciliar crescimento econômico com justiça social e preservação do meio ambiente. 

Cabe a todos nós, como sociedade, apoiar, estimular, divulgar e fomentar essa importante forma de organização que coloca o coletivo em primeiro lugar. O cooperativismo impulsiona e melhora comunidades, regiões e cidades nos quatro cantos deste País.

Fonte: Ricardo Gandra.