null Investimentos em ESG nas organizações devem chegar a US$ 53 trilhões até 2025

02/02/2023 16:39

Relatório aponta que 90% dos entrevistados afirmaram que as iniciativas de ESG mostram retornos financeiros positivos em suas organizações

A Infosys (Nyse:Infy), uma das líderes globais em consultoria e serviços digitais de última geração, acaba de divulgar seu mais recente relatório, intitulado ESG Radar 2023, que analisou um grande conjunto de ações que podem afetar o lucro e a mudança de receita relacionada às abordagens das empresas para o ESG.

De acordo com a pesquisa, que contou com a participação de 2.565 executivos e gerentes de companhias com mais de US$ 500 milhões em receita anual nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, França, Alemanha, países nórdicos, Índia e China, há uma tendência de mudança radical em como as empresas incorporam as práticas de ESG em suas atividades. Os resultados indicam que há projeções para o valor dos ativos de investimento em ESG alcançarem US$ 53 trilhões até 2025 – um terço dos ativos globais sob gestão.

“Nesse sentido, uma análise que se pode fazer é que as iniciativas ambientais, sociais e de governança criam valor, mas as empresas ainda estão aquém do esperado”, afirma o diretor de RH da Infosys Brasil, Wilson Albertoni Oliveira. “Com essa pesquisa, também conseguimos verificar como os executivos e especialistas em ESG esperam que o tema compense no futuro, e também de que maneira estão se adaptando a esse novo ambiente”, comenta Oliveira.

Os dados do relatório apontam que 90% dos entrevistados afirmaram que as iniciativas de ESG mostram retornos financeiros positivos em suas organizações. Ou seja, além de foco essencial, o reflexo financeiro é extremamente bom. Outra informação relevante que o estudo traz é que as empresas buscam ajuda de ESG em muitos lugares, como parceiros de negócios (74%), agências de informação (56%), fornecedores (50%), empresas de consultoria (44%), clientes (41%) e empresas sem fins lucrativos (26%), obtendo retornos positivos de seus esforços em pouco tempo. O maior grupo (41%) também relata retornos em uma janela de dois a três anos. Menos de um terço diz que demorou mais para equilibrar seus investimentos em ESG.

No entanto, as empresas ainda tendem a se concentrar mais nos benefícios da marca do que em outros resultados financeiros, o que indica que o foco ainda está maciçamente dirigido à parte “E” da sigla, ou seja, nas questões ambientais.

A análise também descobriu que a maior ênfase em algumas iniciativas “S” e “G” promove melhores lucros, ou seja, a responsabilidade em ESG no C-suite e contar com mais mulheres no conselho ou em posições diretivas se correlacionam com o aumento dos lucros.

Segundo o levantamento feito pela Infosys, um aumento de 10 pontos percentuais nos gastos em ESG indica um crescimento de um ponto percentual no lucro da empresa. Em outras palavras, uma empresa que gaste 5% de seu orçamento em ESG poderia esperar um aumento de lucro de um ponto percentual, se ampliasse os investimentos em ESG para 15%. A relação entre os gastos com ESG e o resultado final é complexa, com muitos fatores interconectados que podem influenciar a receita e os lucros: fidelidade do cliente, engajamento dos funcionários, custo de capital, economia de custos, reputação e redução de riscos.

“Embora a preocupação com as metas de ESG precise ser levada em conta, os maiores benefícios financeiros das organizações vêm de mudanças organizacionais no topo. Isso porque, no futuro, a sustentabilidade será a maneira de fazer negócios, e as companhias vão precisar reorientar seus modelos de negócios para que o ESG esteja completamente integrado”, finaliza Oliveira.

As empresas ouvidas para o relatório atuam nos setores de energia, mineração, alta tecnologia, finanças, telecomunicações, automotivo, manufatura, logística, bens de consumo e cuidados de saúde.

Para conferir o relatório completo (em inglês), acesse: https://www.infosys.com/about/esg/insights/esg-radar-report.html 

Fonte: Infosys – via MundoCoop.