Crescem os golpes virtuais e o usuário precisa ficar atento - Nacional
null Crescem os golpes virtuais e o usuário precisa ficar atento
Os criminosos, cada vez mais, estão atuando no mundo digital, e o usuário precisa estar atento e bem informado para evitar os golpes
O mundo digital oferece boa segurança, mas o ponto mais fraco é o próprio usuário, que precisa estar atento e se informar sobre os golpes
A tecnologia digital faz parte, cada vez mais, do dia a dia das pessoas. Compras pela internet, movimentações financeiras pelo celular ou computador, trabalho a distância – a humanidade vai incorporando novos hábitos ao alcance dos dedos. Cartões, computadores, celulares vieram para facilitar e agilizar a vida das pessoas, mas podem se tornar uma dor de cabeça para o usuário se ele não ficar atento a algumas regras.
Essas novas tecnologias, que facilitam muito a vida em sociedade, de um modo geral são muito seguras, mas também podem ser usadas para o crime. Principalmente, por um detalhe: a parte mais vulnerável, na imensa maioria dos golpes, é a pessoa que não foi capaz de identificar que estava sendo manipulada por um golpista.
“A melhor solução, sempre que alguém, alguma empresa ou instituição solicitar, por telefone ou internet, informações ao usuário, é desconfiar. Sobretudo quando são dados pessoais ou senhas. O ideal é inverter o processo: não responda imediatamente. Seja você a pessoa que entrará em contato com a empresa ou instituição para conferir se é, de fato, algo verdadeiro. Há muitos criminosos que se fazem passar por uma empresa, copiando inclusive sites e o design da marca, que parecem iguais, mas possuem diferenças quase imperceptíveis como uma única letra diferente, por exemplo”, informa Paulo Silva, sócio da Tracker Segurança da Informação e especialista em tecnologia da informação.
Muitos dos golpes começam depois que os criminosos copiam e manipulam dados não autorizados em sistemas de computação. Os golpistas, também conhecidos por hackers, passam a fazer, por exemplo, anúncios para enganar as pessoas. Essa modalidade se destaca entre as tentativas de fraudes que somaram mais de 4 milhões de casos no Brasil em 2021, segundo dados da Serasa Experian – alta de 16,8%. Isto quer dizer que, a cada sete segundos, há uma tentativa de fraude no País.
O Brasil está entre os países com mais ataques de phishing (mensagens que parecem verdadeiras, mas são fraudulentas) do mundo, segundo um levantamento feito pela companhia de segurança digital Kaspersky. Considerando a proporção de usuários atacados em 2021, o Brasil está na primeira colocação do ranking, com 15,4% dos internautas registrando tentativas.
O Whatsapp também é um alvo muito visado. Portanto, é preciso tomar muito cuidado, sempre. E procurar se informar, na internet ou por outros meios, sobre quais são os principais golpes e como evitá-los (veja no link ao final do texto).
A maioria dos golpes virtuais pode ser evitada se o usuário desconfiar, por exemplo, de promoções muito tentadoras e vantajosas. Produtos oferecidos a preços muito abaixo do valor de mercado, é sinal de alerta máximo.
No Whatsapp, uma das formas de capturar dados é clicar em correntes de mensagem. Ou seja, curiosidade em excesso, clicar em tudo que aparece, sem as devidas precauções, pode ser uma porta de entrada para muitas fraudes. Outro golpe comum é alguém clonar o telefone/Whatsapp de um amigo ou parente, enviar uma mensagem alegando dificuldades e solicitar um depósito em dinheiro. Quando receber uma mensagem assim, tome a iniciativa de entrar em contato com a pessoa para confirmar se o pedido partiu dela mesmo.
De um modo geral, deve-se evitar clicar em endereços desconhecidos, sobretudo quando pedem informações ou fazem alertas sobre situações que exijam o cadastramento de informações.
“A melhor solução é, ao identificar algo em que tenha interesse, inverter o processo, ou seja, o usuário acessar o site original, endereço eletrônico ou até mesmo telefonar para a empresa ou instituição para conferir se ela está, de fato, solicitando ou promovendo aquilo na internet”, sugere Paulo Silva.
Mas nem sempre o golpe é virtual. Há casos em que os golpistas, de posse de dados da pessoa (como data de nascimento, CPF e outros – lembre-se que houve um vazamento dessas informações no Brasil), faz uma ligação e pede outros dados a pretexto de resolver um problema com uma instituição financeira, aposentadoria ou outras informações que o criminoso conhece sobre a situação da pessoa que está prestes a se tornar mais uma vítima.
Os especialistas recomendam algumas dicas de como evitar se tornar uma vítima desses golpes nas redes sociais: fazer a confirmação em duas etapas e não apenas com a senha; conversar com a pessoa antes de comprar algo anunciado na rede social; não emprestar dinheiro pela internet; nunca passar a senha para outras pessoas; ter cuidado antes de clicar em links desconhecidos; evitar se expor na internet; deixar seu perfil privado – quanto menos público for o seu perfil, melhor. É muito importante, também, manter sempre atualizado o sistema de antivírus e fazer back-up (cópia de segurança) de seus dados nos aparelhos eletrônicos.
“É preciso ter em mente que o universo virtual é um território em que convivem empresas e pessoas idôneas, mas que também é frequentado por criminosos e quadrilhas especializadas em fraudes. Por isso, antes de clicar em qualquer endereço, é preciso o máximo de atenção. E na dúvida, nunca responda, entre você em contato com a empresa ou instituição para confirmar se a informação que está na internet é verdadeira”, concluiu Paulo Silva, da Tracker Segurança da Informação.
Informe-se melhor sobre alguns dos principais golpes, neste link: https://www.sicoob.com.br/web/sicoobcentralscrs/principais-golpes
Fonte: Sicoob Central SC/RS – Assessoria de Imprensa.