História do Cooperativismo

 

O Cooperativismo é um sistema socioeconômico, pautado na união voluntária de pessoas que, por meio das cooperativas, buscam soluções econômicas e sociais para alcançarem objetivos comuns.

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História do Cooperativismo

Ao longo dos tempos, sempre houve a cooperação entre pessoas para se atingir determinados objetivos, normalmente relacionados à economia e à sobrevivência.

O cooperativismo teve origem na organização dos trabalhadores na Inglaterra, no período da Revolução Industrial. Em 21 de dezembro de 1844, em Rochdale, bairro da cidade de Manchester, 28 tecelões, diante do desemprego e dos baixos salários da época, se reuniram para, coletivamente, comprarem produtos de primeira necessidade. Assim, criaram a Associação dos Probos Pioneiros de Rochdale, mais tarde transformada em Cooperativa de Rochdale: considerada a primeira experiência cooperativa registrada na história. Assim como nos dias atuais, a Cooperativa de Rochdale era formada pelo aporte de capital dos seus cooperados (quota parte), cuja função inicial era conseguir capital para aumentar o poder da compra coletiva. Enquanto eles se dedicavam às cooperativas de consumo, o movimento se espalhava pela Europa, principalmente no ramo “crédito”.

Os grandes nomes dos idealizadores e precursores do cooperativismo moderno no mundo foram: Robert Owen 1771-1858, Herman Schuize-Delitzch 1808-1883, Friedrich Raiffeisen 18118-1888, Charles Gide 1847-1932, Luigi Luzzatti 1841-1927, Alphonse Desjardins 1854-1920, Edward Filene 1860-1937, Roy F. Bergengren 1879-1955 e Teodoro Armstad 1851-1938.

Mas você sabe o que é uma Cooperativa?

Cooperativa é um empreendimento econômico formado pela união de pessoas que, juntas, são usuárias e donas da organização. O principal objetivo de uma cooperativa é realizar a intermediação dos interesses econômicos dos seus cooperados com o mercado, ou seja, o seu principal objetivo é prestar serviços de qualidade aos seus cooperados. Outra característica de uma cooperativa é que ela distribui os resultados econômicos (sobras) com seus cooperados na proporção de sua movimentação com a cooperativa.

Veja como é regulamentado o cooperativismo no Brasil

O diploma que Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativistas e dá outras providências, é a Lei 5.764, de 16/12/1971.

 

Ramos do Cooperativismo

 

De acordo com a Resolução OCB nº 56/2019, que regulamenta a classificação dos ramos do cooperativismo, agora, somos organizados em sete ramos. Todos eles ganharam novos ícones, alguns foram ressignificados e outros se fundiram. Tudo para o cooperativismo contar com ramos ainda mais fortes.

Agropecuário

Composto por cooperativas que se destinam, precipuamente, a prover, por meio da mutualidade, a prestação de serviços relacionados às atividades agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira, cujos cooperados detêm, a qualquer título, o(s) meio(s) de produção.. 

Consumo

Composto por cooperativas que se destinam, precipuamente, por meio da mutualidade, à compra em comum de produtos e/ou serviços para seus cooperados.

Crédito

composto por cooperativas que se destinam, precipuamente, a prover, por meio da mutualidade, a prestação de serviços relacionados à infraestrutura a seus cooperados. 

  Infraestrutura

Aplique seu dinheiro em RDC, Poupança e Fundos de Investimento, acompanhe suas movimentações e faça resgates.

Trabalho, produção de bens e serviços

Composto por cooperativas que se destinam, precipuamente, a organizar, por meio da mutualidade, a prestação de serviços especializados a terceiros ou a produção em comum de bens.

Saúde

Composto por cooperativas que se destinam, precipuamente, a prover ou adquirir, por meio da mutualidade, serviços dedicados à preservação, assistência e promoção da saúde humana, constituídas por profissionais da área da saúde ou usuários destes serviços.

Transporte

Composto por cooperativas que se destinam, precipuamente, a organizar, por meio da mutualidade, a prestação de serviços de transporte de cargas e/ ou passageiros, cujos cooperados detêm, a qualquer título, a posse ou propriedade do(s) veículo(s).

Os 7 Princípios cooperativistas

 
Confirma às cooperativas como organizações voluntárias abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros. Sem discriminações sociais, raciais, de sexo, políticas ou religiosas.
Princípio que reforça as cooperativas como organizações democráticas controladas por seus membros que participam ativamente na formulação de suas políticas e na tomada de decisões. Os cooperados possuem direito a 1 (um) voto nas Assembleias Gerais, independentemente do número de quotas que possuí, ou seja, as cooperativas são regidas pela igualdade política.
Os cooperados contribuem equitativamente para a formação do Capital Social da cooperativa, por meio da integralização das quotas partes. Seguindo os princípios de justiça, os resultados da cooperativa são distribuídos na proporção da utilização que os cooperados fazem dos seus serviços. Quanto maior a operacionalização/movimentação do cooperado, maiores benefícios o mesmo terá.
As cooperativas são organizações autônomas de ajuda mútua controlada pelos seus membros.
As cooperativas promovem a educação e informação dos seus membros, dos seus representantes eleitos, e dos seus trabalhadores de forma que estes possam contribuir para o seu desenvolvimento.
As cooperativas dão força ao movimento cooperativo trabalhando em conjunto através de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. 
Comprometidas com o desenvolvimento local as cooperativas trabalham pelo desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas por meio de ações e políticas aprovadas pelos membros.

Você sabe o que é um Cooperado?

Cooperado é o cidadão que se associou a um cooperativa e dela participa de forma autônoma e espontânea, cumprindo seus deveres e usufruindo de seus direitos. O cooperado é ao mesmo tempo, proprietário e cliente do empreendimento cooperativista. Participa da administração da cooperativa, por meio de presença nas assembleias gerais – órgão máximo de decisão em uma cooperativas - onde, por meio da participação política (voto), define os objetivos e a forma de funcionamento do negócio.