Mulheres no cooperativismo: presença que faz a diferença - Nacional

Cooperar é buscar igualdade e gestão democrática por natureza, por isso incentivar a diversidade dentro e fora de sua estrutura é algo inerente à própria existência do cooperativismo. No Sicoob Cecres, a palavra inclusão vai além do discurso e vira prática nas ações da cooperativa, que funcionam como facilitadoras da inclusão no mercado de trabalho, principalmente de mulheres.

Dentre as cerca de sete mil cooperativas existentes no Brasil, mil estão no setor de crédito. Neste universo, o número de associadas cresce dia a dia, representando hoje 38% do total de associados no país, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2020. É neste ambiente que as mulheres dão passos fundamentais em suas vidas, seja investindo no próprio negócio ou lutando para tornar realidade seus projetos pessoais.

“A estrutura democrática das cooperativas permite que as associadas tenham condições concretas de empoderamento, participando ativamente das decisões do grupo, com igualdade perante aos demais membros; realidade muito diferente do que se vê em outras organizações”, afirma Taís Di Giorno, presidente executiva do Sicoob Cecres.

Para Taís, o cooperativismo é um meio de melhorar a situação econômica, social e cultural dessas mulheres. “É perceptível que a união propiciada pelo cooperativismo permite que sonhos se tornem realidade, reforçando o empreendedorismo de mulheres em todo o Brasil. É um passo extremamente importante na busca de igualdade de gênero em nossa sociedade”, avalia a executiva.

Empoderamento em casa

Ocupando cargo de liderança e destaque no Sicoob Cecres, Taís Di Giorno é, ela mesma, prova de que a busca por igualdade de gênero é prática corrente no dia a dia da cooperativa. Assim como ela, muitas outras mulheres compõem a equipe em posições-chave, contribuindo com seus talentos e capacidades para uma sociedade mais igualitária.

Ao passo que proporciona ferramentas às associadas para sua independência financeira, o Sicoob Cecres reforça a diversidade em casa. “O cooperativismo estimula em nós esse clima de inclusão, de igualdade. Todas as formas de igualdade, inclusive a de gênero. É assim que o cooperativismo se traduz melhor, como um espaço destinado a emancipação e empoderamento”, conclui Taís.

LUGAR DE FALA, LUGAR DELAS

“Liderança feminina sob o meu ponto de vista está “além da hierarquia” ou dos organogramas corporativos, está em cada menina, em cada mulher, afinal desde cedo exercitamos a liderança, seja na condução da casa, nos eventos sociais da família, nas festinhas da escola, nos grupos de amigos, enfim, desde sempre vivenciamos a “liderança” de forma natural, espontânea e constante. A meu ver não existe Mulher que não seja líder. Cada uma com seu estilo, seu ritmo, sua personalidade, seu jeito de ser e fazer.”

Clélia Ronzino, gerente de Projetos Sociais, 19 anos de Sicoob Cecres

“A minha liderança possui como principal pilar a liderança pelo exemplo e boa influência. Dessa forma, prezo sempre pelo bom trato e cuidado com todos os nossos colaboradores, sem distinção, independentemente de cargo ou nível hierárquico em que ocupam dentro da cooperativa. Busco respeitar suas diferenças e considerar, acima de tudo, os valores que cada pessoa nutre e sua história de vida.”

Cássia Rosana, supervisora de Desenvolvimento Humano, 2 anos e 5 meses de Sicoob Cecres

“Minha liderança traz um ambiente colaborativo de forma convincente na equipe. É uma condição de influência em relação ao grupo com objetivo de guia-los ao objetivos da cooperativa. Em relação à equidade dentro do cooperativismo, posso dizer que os valores do segmento vão de encontro com características fortes que as mulheres possuem, como a tendência à cooperação,  compartilhando problemas e soluções; maior flexibilidade, pois enxergamos respostas alternativas, rompemos padrões e processos rígidos; empatia, que nos capacita a perceber as dores e necessidades alheias pensando em como atendê-las; desenvoltura no relacionamento interpessoal, com escuta ativa, mais desenvoltura ao negociar; e leveza no clima organizacional, dando abertura para feedbacks e incentivando a ajuda mútua entre os colaboradores, valorizando harmonia e produtividade no ambiente de trabalho.”

Ana Carolina Carvalho, supervisora do Financeiro, 20 anos de Sicoob Cecres

 “Eu sempre busco tratar todas as pessoas da mesma forma, independente de área ou cargo. Vejo que uma liderança humanizada engaja a equipe e cria laços para trocas além de trabalho, afinal, passamos a maior parte do nosso tempo no trabalho e o cooperativismo é isso. Em home office, prezo por pequenas ações de apoio e reuniões de descompressão com o time, às vezes até um café da tarde para falarmos de coisas do dia, menos sobre demandas e trabalho.”

Verônica Berbel, supervisora de Comunicação e Marketing, 1 ano e 3 meses de Sicoob Cecres

“Não poderia ter um sentimento diferente de orgulho quando ligo minha trajetória com a da Sicoob Cecres. Foi por pura inspiração que cheguei até a liderança. Por enxergar em nossa executiva, uma mulher de fibra, fui me desenvolvendo como gerente de conta e me destacando ao ponto de liderar ser o caminho natural.

Além de orgulho, carrego comigo uma grande responsabilidade e não passo um dia sem oferecer o meu melhor pelo cooperativismo. Dedico-me me empenhando em busca de uma liderança ativa, alicerçada pela humanização, participação e transparência. Por minha dedicação, sei que muita gente enxerga em mim uma referência e isso só torna essa jornada ainda mais motivadora e especial.

Curiosa e apaixonada pelo que faço, procuro tirar de cada profissional com quem trabalho o seu melhor e eles sabem que, para isso, ofereço a eles o que eu tenho de melhor também. Nossa troca é muito justa e assim transformamos juntos os desafios em oportunidades cada vez melhores.

É nessa essência e amor profissional que busco não ser inspiração de dedicação e empenho para outras mulheres!”

Natália Ereno, gerente de PA, 9 anos de Sicoob Cecres