Com 788 mil vendas de novas cotas, o Sistema de Consórcios bateu o recorde quadrimestral dos últimos cinco anos, na somatória de todos os setores onde a modalidade está presente. Em comparação com as 727,5 mil do mesmo período de 2017, houve aumento de 8,3% e, somente em abril deste ano, as adesões somaram 211 mil, o recorde do ano, sendo 8,2% maior que as 195 mil totalizadas no mesmo mês do ano passado. Esse cenário se enquadra também no Sicoob Transcredi, onde o produto apresentou um crescimento nos valores de vendas de 435,26% de Janeiro à Junho em relação ao mesmo período do ano passado.
Em nível nacional, o tíquete médio do segmento, contabilizado no quarto mês do presente ano, apresentou redução de 7,5% ao se retrair de R$ 42,7 mil, registrado em abril de 2017, para R$ 39,5 mil atuais.
Com 82 dias úteis no quadrimestre, a média diária das adesões atingiu 9,6 mil, sendo 6,7% maior que à anterior, de 9 mil. Entre o mês de abril do ano passado e o do atual houve redução: em 2017 a média diária daquele mês era 10,6 mil, enquanto este ano apontou 10 mil.

CONSÓRCIO CONTRIBUI PARA A GRADUAL RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA
"No Sistema de Consórcios foram registradas altas, inclusive com novo recorde mensal de vendas de 211 mil adesões em abril, reafirmando a grande procura do consumidor pela modalidade que permite a aquisição de bens ou serviços, com prazos longos, custo baixo, prestações que cabem no orçamento do consumidor e com ampla liberdade e flexibilidade, de acordo com as regras indicadas em contrato. Também nas contemplações, momento em que o consorciado vai ao mercado adquirir seus bens ou contratar serviços, a modalidade propiciou, quase integralmente, injeção na economia de pouco mais de R$ 13,5 bilhões", esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
Ao relembrar que 2018 será um ano atípico, face à realização da copa do mundo de futebol e às eleições, agravado por periódicas turbulências políticas e cambiais, Rossi aponta que "o consumidor vem demonstrando maturidade quando se trata de suas finanças pessoais, um progresso que renova o consórcio como mecanismo de poupança com objetivo definido e na certeza da conquista de bons resultados no segmento até dezembro, apoiada na essência da educação financeira".
PESQUISA MOSTRA CONSÓRCIO COMO INVESTIMENTO
O avanço superior a 8% registrado nas vendas de novas cotas e nos negócios consorciais neste ano, em comparação a 2017, apontou um consumidor mais atento à gestão de suas finanças pessoais. Para saber ainda mais sobre o perfil e as razões que levaram os participantes do Sistema de Consórcios a investir e optar por adquirir bens ou contratar serviços pela modalidade, a ABAC realizou pesquisa junto a 2.000 consorciados e potenciais consorciados em oito cidades do país.
Os resultados obtidos com os entrevistados, sendo 1.000 consorciados ativos e outros 1.000 potenciais consorciados, revelaram que 73% dos participantes consultados são das classes C e D.
No perfil da amostra, a divisão das classes sociais apontou a C com 39% e a D com 34%, cuja renda familiar varia de 2 a 10 salários mínimos, respeitado o critério do IBGE. O destaque foi a classe B que mostrou 20% de presença, depois de pontuar 12% na pesquisa de 2017, em virtude da retomada da economia, ainda que lenta e gradual. A classe A ficou com 7%, quase o dobro dos 4% obtidos no levantamento anterior, voltando ao patamar de 2016.
Quando indagados sobre o significado da palavra consórcio, os entrevistados, tanto consorciados ativos como potenciais consorciados apontaram um aspecto comum: consórcio é 'investimento'.
No desdobramento dessas considerações sobre investimentos, os interrogados observaram, em resposta múltipla, que o consórcio está em:
- Terceiro lugar, com 76,4% entre os mais conhecidos; e em
- Quinto lugar com 22,8% entre os mais seguros.