Os Grupos de Estudos Pedagógicos fortalecem a aplicação do Cooperjovem nas escolas

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC) promoveu, recentemente, os primeiros encontros dos Grupos de Estudos Pedagógicos (GEP), em Brusque (Vale do Itajaí) e Chapecó (Oeste), que tem por objetivo criar métodos que fortaleçam a aplicação do programa Cooperjovem nas escolas. Os encontros reuniram coordenadores do Cooperjovem das cooperativas e escolas das duas regiões. De São Miguel do Oeste, a professora Sabrina Almeida Vosniak é uma das educadoras que tem feito parte deste projeto na escola Amália Daltoé Agostini.

Segundo ela, o programa Cooperjovem faz com que os educadores e os educandos tenham consciência sobre cooperação, trabalho em conjunto. Ela garante que através do grupo de estudos também é possível fazer com que os educadores repensem sua prática educativa. É de suma importância pois, como vivemos em uma sociedade competitiva, este projeto visa a cooperação, o que de fato não está sendo muito evidenciado na sociedade a qual estamos inseridos, diz ela.

Os grupos de estudos pedagógicos criados para fortalecer o programa Cooperjovem segundo o assistente de promoção social do Sescoop/SC, Nerivaldo da Silva, destaca também a importância da iniciativa dos grupos para o andamento das atividades realizadas nas escolas. Em Brusque, os grupos trabalharam a situação-problema, falaram sobre os projetos educacionais de cada escola e destacaram nas avaliações a necessidade de dar continuidade ao GEP, explicou Nerivaldo ao ressaltar que o encontro de Chapecó segue o mesmo cronograma.

Depois de fazer uma retrospectiva de 2014, lembrando que foram trabalhados aspectos da formação básica, da educação para a cooperação, análise e orientação ao PEC e os projetos educacionais cooperativos, a instrutora Denise Nunes, enfatizou que a metodologia do PEC acenou para uma mudança: o foco de ser definido cooperativamente, a partir das urgências e interesses da comunidade próxima. Segundo ela, isso demanda que o professor assuma o lugar de porta-voz dos interesses da comunidade.

Denise ressaltou ainda que as mudanças de hábitos e valores culturais demandam persistência, mediações e diálogos, além de formação continuada de professores e de lideranças cooperativas.

A coordenadora de promoção social do Sescoop/SC, Patrícia Gonçalves de Souza, lembra que no ano passado, o grande desafio foi a implementação da nova metodologia do programa. Nossa intenção inicial era fazer com que as escolas conhecessem e se apropriassem dos objetivos, critérios e etapas de elaboração dos projetos para começar a desenvolver as atividades a partir de 2015. Para nossa surpresa, a maioria das escolas executou o plano de ações do PEC ainda em 2014, o que foi muito positivo, pois fez com que o Cooperjovem iniciasse 2015 fortalecido, explicou.

O Programa Cooperjovem promove a cultura da cooperação por meio da criação de práticas educacionais cooperativas baseadas nos princípios e valores do cooperativismo. Em Santa Catarina, é coordenado pelo Sescoop/SC e implementado com a parceria de 23 cooperativas, com o apoio das Secretarias Municipais e Gerências Regionais de Educação de 42 municípios de todas as regiões do Estado. Atualmente, atende cerca de 80 escolas da rede de ensino público, envolvendo quase 500 professores e mais de 16 mil alunos da educação infantil e do ensino fundamental.