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10/07/19

Um cooperativismo forte é sinônimo de uma nação forte


Márcio Lopes de Freitas: 50 milhões de brasileiros, ou seja, 25% da população do país, está ligada diretamente ao cooperativismo

O Anuário do Cooperativismo Brasileiro (2019), lançado pela OCB no dia 4 de julho, apresenta os principais números e resultados das cooperativas do país e marca a celebração dos 50 anos da OCB, dos 10 anos do Dia de Cooperar e da 97ª edição do Dia Internacional do Cooperativismo. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comentou os resultados do anuário que, em geral, reúne dados que retratam a relevância socioeconômica do movimento cooperativista brasileiro.

O anuário mostra que as cooperativas estão na contramão do desemprego. Poderia explicar o por quê?

É muito simples: enquanto os demais setores econômicos geraram 5% de postos de trabalho entre 2014 e 2018, as cooperativas conseguiram mais que triplicar esse percentual. Geramos praticamente 18% a mais de empregos, no mesmo período.

Além do número de postos diretos de trabalho, outro indicador extremamente relevante para nós é o ingresso de novos cooperados. De 2014 para 2018, esse percentual cresceu 15%, ou seja, saltamos de 14,2 milhões para 14,6 milhões de um ano para o outro.

Se nós somarmos esses números (cooperados + empregados) podemos, com segurança, afirmar que 50 milhões de brasileiros, ou seja, 25% da população do país, está ligada diretamente ao cooperativismo. É um bom percentual, mas estamos trabalhando para elevar ainda mais, porque acreditamos no nosso modelo de negócios e sabemos que, quanto mais o cooperativismo for compreendido e vivido pela sociedade, mais cooperativo será o Brasil. E o que isso quer dizer? Que todos terão oportunidades de melhorar de vida e de realizar seus sonhos.

Poderia nos dizer como foram os resultados econômicos das cooperativas em 2018?

No que diz respeito ao ativo total e ao ingresso e receitas brutas, nossas cooperativas também fizeram bonito. Elas registram, respectivamente, R$ 351,4 bilhões e R$ 259,9 bilhões. E se a gente cresce, todo mundo cresce. Para ter uma ideia, as cooperativas recolheram aos cofres públicos R$ 7 bilhões, em impostos e tributos, apenas em 2018. Também fizemos a economia girar no ano passado, ao injetarmos mais de R$ 9 bilhões, apenas com o pagamento de salários e outros benefícios destinados a colaboradores. Como se vê, quanto mais forte forem as cooperativas, mais forte será a economia do país.

Quanto aos ramos, poderia citar os destaques principais?

Sim, e podemos começar pelas cooperativas de crédito. Como sempre dizemos, elas têm um papel estratégico na inclusão financeira de milhões de pessoas e na democratização do crédito. Falamos de um total de 9,8 milhões de cooperados, de uma presença em 594 municípios brasileiros onde outras instituições financeiras não estão presentes, e de um crescimento de 18,6% em depósitos só em 2018, totalizando mais de R$ 151 bilhões.

Esse papel estratégico foi, inclusive, ressaltado recentemente pelo presidente do Banco Central, Ricardo Campos Neto, que esteve com a gente, na nossa sede, aqui em Brasília, para falar da Agenda BC# - desafios e ações que o Banco Central estabeleceu para fortalecer ainda mais o Sistema Financeiro Nacional. E a ideia é fazer isso a partir de quatro pilares centrais: inclusão, educação, competividade e transparência. Pilares esses que estão totalmente ligados à natureza cooperativista e à forma de trabalhar e atuar das nossas cooperativas.

Outro ramo que teve destaque foi o da Saúde. As cooperativas médicas, por exemplo, respondem por 31% do mercado de saúde suplementar. Hoje, as 786 cooperativas de saúde se fazem presentes e atuantes em praticamente 85% do território nacional. Nossos cooperados trabalham diariamente para oferecer um atendimento de qualidade e diferenciado à população, pensando em cuidar, mas também em promover a saúde a partir de um trabalho de educação e de conscientização, pontos fundamentais para a prevenção. Hoje, elas respondem pelo atendimento de praticamente 25 milhões de brasileiros, e nas várias áreas da saúde médica, odontológica, psicológica e outras.

Além do Crédito e Saúde, também temos o Transporte. Nesse segmento o sucesso não foi diferente. Transportamos 2 bilhões de pessoas, seja na modalidade individual, como os táxis, ou coletiva, como os ônibus. Também respondemos pelo escoamento de praticamente 450 milhões de toneladas de bens, dentro e fora do país. São cerca de 1.351 cooperativas reunindo 98 mil cooperados em todo o Brasil.

Essas são apenas algumas das provas de que um cooperativismo forte é sinônimo de uma economia forte. Os números que reunimos e apresentamos nessa edição do Anuário do Cooperativismo Brasileiro retratam a expressividade, o tamanho, a força e a contribuição do nosso modelo de negócio para o Brasil.

São dados que reforçam a importância do cooperativismo como agente de transformação e de desenvolvimento, afinal, nós trabalhamos por um mundo feliz, equilibrado, justo e com melhores oportunidades para todos.

E como as cooperativas podem conhecer mais detalhes do anuário?

Basta acessar o nosso site. Todas as nossas publicações estão lá. O endereço de acesso é: https://somoscooperativismo.coop.br/assets/arquivos/Publicacoes/Anuario-2018.pdf.

E para finalizar, a OCB está completando 50 anos. Qual sua mensagem aos cooperados brasileiros?

Gostaria apenas de reforçar que nós, cooperativistas de todos os cantos do país, temos a certeza de que o futuro é cooperativista. É isso o que querem as gerações que estão aí. Hoje celebramos os 50 anos da OCB, mas também iniciamos a nossa jornada rumo aos próximos 50 anos. E assim, convido a todos deputados, senadores, representantes do governo, do Poder Judiciário e, também, a sociedade civil a trabalhar por um Brasil mais cooperativo, onde cada cooperado seja valorizado como alguém que assume seu protagonismo e faz sua parte por um país mais próspero e por um mundo melhor. Contamos com vocês. Vamos juntos! Afinal, nós SomosCoop!





Fonte: OCB Assessoria de Imprensa.

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