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10/05/19

Congresso Brasileiro do Cooperativismo reúne as principais lideranças para discutir o futuro do setor


Márcio Lopes de Freitas: sem bandeira ideológica ou partidária, nossa militância é para abrir portas para o reconhecimento do cooperativismo

Teve início quarta-feira e termina hoje (10) a 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Com foco no futuro do setor e na sua perenidade, o evento reúne, em Brasília, 1.500 líderes e representantes de cooperativas de todo o País, autoridades, embaixadores e a Frente Parlamentar Cooperativista (Frencoop), em torno de seis temas a serem abordados durante os três dias de congresso: Comunicação, Mercado, Governança e Gestão, Intercooperação, Inovação e Representação. Em 2019, o CBC também comemora os 50 anos da OCB.

A abertura oficial foi realizada por Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, que comentou sobre a importância da atenção em torno do futuro do setor (que atualmente gera aproximadamente 394 mil vagas de emprego formal no Brasil) e em torno da preservação e continuidade dos valores cooperativistas. O cooperativismo não pode transgredir os seus valores. Integridade é fundamental, disse o presidente, que também apresentou o slogan da edição 2019 do evento: O cooperativismo do futuro se constrói aqui.

O palco do auditório principal do Complexo Brasil 21 recebeu, ao lado de Márcio Freitas, o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes; o presidente da Frencoop, deputado Evair de Melo; e o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo de Tarso Sanseverino. Os representantes anunciaram o lançamento da 13ª edição da Agenda Institucional do Cooperativismo, instrumento importante para dar visibilidade às causas defendidas pelo setor ao poder público.

O Congresso abre as portas para palestras e atividades em torno das discussões sobre o futuro do cooperativismo, finalizando nesta sexta-feira com uma plenária sobre as diretrizes para os próximos anos.

Agenda do cooperativismo

Além da versão impressa, a Agenda Institucional do Cooperativismo também foi lançada em formato digital. O documento foi dividido em Legislativo, Executivo e Judiciário e apresenta 36 projetos de lei de interesse do cooperativismo, que englobam os ramos Saúde, Crédito, Consumo, Educação, Infraestrutura e outros.

O cooperativismo tem um programa de educação política que tem o intuito de mostrar com clareza que não temos uma bandeira ideológica partidária. Cooperativismo é neutralidade. Por isso, nós devemos participar do processo político do país: fazer uma militância permanente que abra as portas para o reconhecimento do cooperativismo. A OCB é uma representação nacional, o Congresso tem que perceber a relevância dos nossos mais de 14 milhões de cooperados, portanto, quase 60 milhões de brasileiros. Somos uma força icônica e social. E por isso temos um papel fundamental no processo democrático, comentou o presidente Márcio Lopes de Freitas durante entrevista coletiva.

Jovens embaixadores

Uma das iniciativas em torno do Congresso foi a seleção de um grupo de mulheres embaixadoras do cooperativismo e outro de jovens embaixadores. Se inscreveram 493 mulheres de 23 estados brasileiros e as 20 escolhidas criaram uma carta-manifesto que foi lida no palco por Daniela Voguel, associada do Sicoob Creditapiranga, de Santa Catarina. O texto ressalta que a quantidade de lideranças femininas no cooperativismo vem crescendo, mas que o preconceito ainda é grande. Entre outros pontos, o manifesto pede por mais espaço para as mulheres, pela criação de mais comitês femininos, equiparação salarial, campanhas e evento de reconhecimento.

O grupo de jovens, representado no palco por Pamela Fernandes, recebeu 170 inscrições e os 20 escolhidos também fizeram seu manifesto, que traz o pedido de inserção da cultura cooperativista desde cedo para os jovens, incentivando, investindo e criando oportunidade para este público.

Finalizando a abertura do congresso 2019, subiram ao palco Roberto Rodrigues, embaixador da FAO para o cooperativismo; Ariel Guarco, presidente da Aliança Cooperativa Internacional; e Graciela Fernandez, presidente da ACI Américas. Roberto propôs ao setor que cada cooperativa do Brasil tenha em seu Conselho de Administração pelo menos uma mulher e um jovem. O espaço existe e ele deve ser concedido, reforçou o embaixador. Ao final, Graciela entregou ao presidente Márcio Lopes de Freitas uma placa em homenagem ao aniversário de 50 anos da OCB.





Fonte: In Press Porter Novelli. Foto:Tereza Sa? Kardel.

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