Francisco destacou o papel das cooperativas que buscam uma relação entre economia e justiça social
O Papa Francisco pediu segunda-feira (14) aos dirigentes e funcionários do Banco de Crédito Cooperativo de Roma que continuem a ser um motorno desenvolvimento das comunidades mais carentes, na audiência na Sala Paulo VI.
O desafio mais importante é crescer e continuar a ser uma verdadeira cooperativa, é um verdadeiro desafio! Isso significa incentivar a participação ativa dos seus membros. Fazer juntos e fazer pelos outros, assinalou o Papa às 7 mil pessoas presentes na sala..
Neste contexto, Francisco disse que a gestão sã e prudenteé naturalmente para aplicar sempre e para todos, mas observou que um banco é como um artesanato delicadoque exige grande rigor, e que um banco cooperativo deve ter sempre algo mais: tentar humanizar a economia, combinar a eficiência com a solidariedade.
Depois, o Papa destacou que os bancos cooperativos têm enfrentado as dificuldades da crise com os seus meios, unindo forças, e não à custa de outros, incentivando a prosseguirem no caminho da integração, na Itália, porque a união faz a forçae têm de pensar grande, ampliar os horizontes.
Neste contexto, manifestou aos dirigentes e funcionários do Banco de Crédito Cooperativo de Roma que este pode ser o núcleo no qual se pode construir uma grande rede para o nascimento de empresasque vão criar emprego.
Encorajo-vos a participar ativamente e generosamente na vida de todo o movimento cooperativo, acrescentou, comentando saber que a ação da instituição estende-se a Lazio e Abruzzo onde podem exercer com fidelidade e criatividadea missão de cooperativas de crédito.
O Papa recordou sucintamentesete incentivos que já partilhou em audiência anteriores com outras cooperativas, como continuarem a ser um motorque desenvolve a parte mais fraca das comunidades locais e da sociedade civil, tendo como foco os jovens sem trabalho e que apostam na criação de novas empresas cooperativas.
Depois pediu que sejam protagonistaem propor e implementar novas soluções de bem-estar, a partir do campo da saúdee que se preocupem com a relação entre a economia e justiça socialtendo no centro sempre a pessoa e não o dinheiro.
Francisco solicitou que a vida familiar seja facilitada e incentivada, que proponham soluções para a gestão cooperativae no quinto incentivo que promovam a solidariedade e uso social do dinheiro, como uma verdadeira cooperativa.
Segundo indicou o resultado destes pontos é o crescimento de uma economia de honestidadeporque a corrupção está em todo o lado.
Você está convidado não só para ser honesto, mas para difundir e consolidar a honestidade em todo o ambiente. A luta contra a corrupção, esclareceu o Papa argentino.
Por último, incentivou a participação ativano processo de globalização, porque a globalização é a solidariedade.
No contexto da audiência, o Papa que já se encontrou com outros dirigentes cooperativistas revelou que a Igreja conhece bem o valor das cooperativas, que têm na sua raiz sacerdotes, leigos e comunidades animadas pelo espírito de solidariedade cristã.
Em documentos sociais da Igreja são frequentes as referências às cooperativas, observou no discurso divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.