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10/11/15

Encontro dos Dirigentes do Sicoob Credivale debate a sucessão no cooperativismo de crédito


Após a palestra, Josué Biachi Piccini recebe placa comemorativa, ladeado por Marco Sbissa e Artêmio Flach

Dirigentes das instituições financeiras cooperativas do Sicoob Central SC/RS debateram, nos dias 6 e 7 de novembro, no Hotel Plaza Caldas da Imperatriz, em Santo Amaro da Imperatriz, a Sucessão nas Cooperativas de Crédito. O tema foi abordado pelo ex-gerente do Deorf do Banco Central e consultor de empresas, Josué Biachi Piccini e por Lajose Alves Godinho, presidente do Sicoob Agrorural, de Quirinópolis (GO).

Biachi Piccini fez um levantamento da evolução legal e normativa do cooperativismo de crédito, assinalando os momentos mais importantes, até a classificação atual, por risco, que divide as cooperativas em Plena (1%), de Capital e Empréstimo (19%) e Clássicas (80%).

Também apresentou um quadro com a divisão das cooperativas por região, liderado pelo Sul, com 45,7% do total, seguido pelo Sudeste (37,6%), Centro-Oeste (8,1%), Nordeste (5,8%) e Norte (2,8%).

Piccini defendeu a integração dos sistemas, somando esforços para crescer mais rapidamente. Poderíamos ter apenas um banco cooperativo em vez de dois, os caixas eletrônicos poderiam ser utilizados por todas as cooperativas e as operações contábeis também poderiam ser centralizadas, permitindo às cooperativas concentrarem seus esforços na realização de negócios.

Atualmente, as cooperativas de crédito de todos os sistemas, somadas, constituem a sexta maior instituição financeira do país. São 4.227 cooperativas, 5.333 pontos de atendimento e mais de 8 milhões de cooperados.

O ex-gerente do Deorf do Banco Central disse que as cooperativas de crédito são muito importantes para o país, principalmente pela inclusão financeira e pelo menor custo operacional que beneficia uma ampla parcela da população. Também estimulam o desenvolvimento regional sustentável, fomentando a geração de emprego e renda.

Entre os desafios, listou a participação ainda inferior a 3% de toda a movimentação financeira do país, embora em várias regiões, como em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, seja superior a 10%. É preciso superar, também, a desigualdade regional e preparar-se para a concorrência acirrada. Outro desafio é tornar o cooperativismo de crédito mais conhecido da população brasileira, a exemplo do que acontece em outros países da Europa e América do Norte. Além disso, é preciso ampliar a consciência cooperativista.

Para superar os desafios, disse que é preciso apostar no crescimento orgânico e da união das cooperativas, com a expansão do uso e do compartilhamento de tecnologias. Também é preciso ampliar o leque de produtos, fazer um permanente aprimoramento técnico, buscar a sustentabilidade e cuidar da governança corporativa.

Entre as boas práticas de governança corporativa, citou a representatividade e participação, a direção estratégica, a gestão executiva e a fiscalização e controle. E que os valores norteadores devem ser os da transparência, equidade, ética, educação cooperativista, responsabilidade corporativa, prestação de contas e segregação de funções.

Sobre a sucessão, afirmou que é preciso preparar as pessoas para essa transição e investir em sua capacitação. E que a solução deve ser coletiva e não individual.





Fonte: Sicoob Central SC/RS Assessoria de Imprensa.

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