Encontro permitiu analisar a conjuntura nacional e internacional e melhorar os processos de gestão
Reunidos no Costão do Santinho, em Florianópolis, cerca de 150 dirigentes de cooperativas de 12 ramos existentes em Santa Catarina participaram, em agosto, do Fórum de Dirigentes Cooperativistas de Santa Catarina. Na pauta, a análise do ambiente econômico e a projeção dos novos cenários.
Para embasar a discussão, os dirigentes de cooperativas acompanharam a exposição feita pelo jornalista Ricardo Amorim sobre conjuntura econômica e política internacional. Eugênio Mussak, que é professor da FIA USP e Fundação Dom Cabral e possui larga experiência no setor de recursos humanos e forte dedicação na questão de gestão de pessoas e liderança de equipes, abordou a ética nas corporações. No segundo dia, o grupo de dirigentes acompanhou a palestra de Alexandre Mendonça de Barros, que abordou as perspectivas econômicas para 2015/2016.
Artêmio José Flach, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Noroeste, disse que o encontro foi muito importante, pois abriu uma visão da real situação do país. Os palestrantes traçaram um comparativo entre o Brasil e os países desenvolvidos e quais são as perspectivas para o futuro econômico. A palestra deu uma noção de como devemos agir, afirmou.
Segundo Flach, todos os palestrantes expuseram que é preciso um pouco de cautela e ajustes internos neste momento. Na avaliação dos palestrantes, o povo brasileiro pode produzir muito mais. O momento é de analisar, cada um a sua situação, e melhorar os processos de gestão para voltar a crescer, explicou.
Conforme o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Noroeste, a perspectiva é que o ano feche com um Produto Interno Bruto (PIB) negativo, 2016 volte a ter um equilíbrio e em 2017 o mercado deve acolher as pessoas que foram desempregadas em 2015 e 2016. A avaliação é que podemos ter três anos sem crescimento, afirmou.
Embora os números apresentados sejam de todo país, Flach disse que Santa Catarina foi citada por um dos economistas por ter um diferencial. É um estado pequeno e mais eficiente, e nisso ele acrescenta a participação do cooperativismo. O cooperativismo representamos quase 12% do PIB catarinense. As cooperativas em geral têm sido um grande diferencial e Santa Catarina sempre teve um cooperativismo eficiente e produtivo, concluiu.