O diretor de Política Internacional da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Rodrigo Gouveia, foi o indicado do Sistema OCB para participar do segundo painel interativo do evento Diálogo sobre o setor extrativo e o desenvolvimento sustentável: fortalecendo a cooperação público-privada no contexto da Agenda Pós-2015, realizado de 3 a 5 de dezembro, em Brasília. Participaram do evento mais de 300 representantes de 50 países das indústrias extrativas, de diferentes governos e da sociedade civil.
O evento foi promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio do Sistema OCB e parceria da Embaixada Britânica em Brasília. No final, um documento foi elaborado, contendo propostas do setor endereçadas aos países do mundo com vistas a atingir os objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Rodrigo foi um dos participantes a discutir sobre como as organizações públicas, privadas ou cooperativas podem reforçar e melhorar as habilidades dos empregados, aproveitando oportunidades de formação profissional. Segundo ele, as cooperativas, por sua natureza, são um dos melhores mecanismos de desenvolvimento social, aliado ao econômico e ambiental.
As cooperativas são empresas de pessoas que trabalham por pessoas. Elas criam empregos e os tornam estáveis. Em 2012, quando a Espanha atravessava uma de suas piores crises econômicas, com uma taxa de desemprego de 37%, as cooperativas espanholas aumentaram os postos de trabalho em 7,2%, exemplifica.
Além disso, na visão do especialista, as cooperativas são o melhor modelo gerador e divisor de riquezas. Tudo que é gerado no âmbito da cooperativa é reinvestido nos associados e nas comunidades onde atua. Diante de tantas provas incontestes como estas, acredito que os governos devem ser os primeiros a estimular seus países a criarem sociedades cooperativas, disse o diretor de Política Internacional da ACI.