Gerente de Supervisão, Elisete Cavalieri: cooperativas são monitoradas com base em normativos do CMN e Bacen
Por Elisete Cavalieri - gerente de Supervisão do Sicoob Central SC/RSCom o aumento da sofisticação tecnológica, a variação das taxas de juros, variedade de produtos e serviços cada vez mais complexos, transações com grandes montantes de recursos envolvidos, formalizações e procedimentos operacionais rotineiros, tornou-se fundamental para a continuidade das instituições financeiras a tarefa de identificar, medir, mitigar e administrar os riscos inerentes às suas atividades.
Nesse contexto inserem-se as cooperativas de crédito, que seguem as regras do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (Bacen).
No Sicoob Central SC/RS, a Gerência de Supervisão é a estrutura que tem como papel monitorar as cooperativas singulares através de auditorias, diretas e indiretas, operacionais e de demonstrações contábeis, verificando a adequação de sistemas de controles internos, aderências aos normativos sistêmicos, nacional, regional, local e, principalmente, o atendimento aos normativos do CMN e Bacen.
Dentro desse amplo escopo, temos a ferramenta Sistema de Controles Internos e Risco Operacional (Scir), visando assegurar que as atividades de controles internos desenvolvidas pelas cooperativas singulares estejam em conformidades com as diretrizes divulgadas através das políticas internas, e o cumprimento das leis e regulamentações estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores.
Com o objetivo de identificar, avaliar e tratar adequadamente os riscos operacionais envolvidos, mantendo-os em padrões aceitáveis definidos em normativos sistêmicos, e evitando a possível materialização, o Sistema Sicoob Credivale realizou o mapeamento dos processos e a classificação dos prováveis riscos operacionais envolvidos.
A auditoria indireta procura desenvolver ações tempestivamente, buscado identificar exposições anormais a riscos, situações de desequilíbrio patrimonial e/ou financeiro nas cooperativas. Para isto, realiza o processo de acompanhamento indireto e sistemático dos principais índices e indicadores do Bacen e do Sicoob Credivale.
Já a auditoria direta é responsável pelas auditorias operacionais internas e das demonstrações contábeis in loco nas cooperativas filiadas e na Central, desde a definição de um escopo mínimo, até as análises das ponderações e/ou justificativas das singulares quanto aos itens apontados nos relatórios conclusivos.
Outro trabalho de grande importância é o desenvolvido pela equipe de inspetoria, que pode verificar questões pontuais ou o assessoramento em novas cooperativas ou até mesmo em casos de identificação de necessidade de melhoria em processos internos específicos.
O sistema de controle interno, auditoria direta, indireta e a inspetoria, estão estruturadas com enfoque técnico e sistemático, com a finalidade de apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos processos internos e de gestão e agregar valor aos resultados financeiros das filiadas, por meio de recomendações sobre eventuais problemas apontados nos relatórios.
As singulares recebem ainda, anualmente ou semestralmente, de acordo com a sua classificação, a Auditoria das Demonstrações Contábeis, realizada por empresa terceirizada contratada pela Central.
Além de todo o trabalho de controle, destaca-se a existência do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) nacional, que oferece as mesmas garantias dos bancos aos depositantes e investidores, e o Fundo de Estabilidade Financeira (FEF) regional, que garante a segurança da cooperativa singular.