Palestras mostraram que país precisa de mais informação, tecnologia, educação e organização
Nos dias 3 e 4 de agosto, em Florianópolis, cerca de 200 dirigentes cooperativistas participaram do Fórum Catarinense de Dirigentes Cooperativistas, promovido pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc).
Artêmio José Flach, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Noroeste, participou do Fórum e disse que é a terceira edição do evento que reúne presidentes e dirigentes de 12 ramos do cooperativismo catarinense. Este ano, os temas abordados foram sobre ética, sustentabilidade e o cenário econômico da conjuntura nacional e internacional.
Citando a palestra ministrada pelo analista Samy Dana - O cenário econômico da conjuntura nacional e internacional , Flach disse que os dirigentes puderam contextualizar melhor a situação atual do país em relação aos países desenvolvidos. A palestra nos mostrou que falta organização e mais envolvimento da sociedade. A gente percebe que faltam ferramentas, tecnologia, informação, desenvolvimento e educação, disse Flach.
DebateDividido em três momentos, o Fórum abordou a ética - com Clóvis de Barros Filho, doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP , sustentabilidade com José Pedro Barbosa Lins e cenários econômicos da conjuntura nacional e internacional com o analista Samy Dana.
O presidente da Ocesc/Sescoop de Santa Catarina, Luiz Vicente Suzin, disse que o evento representa uma oportunidade para debater sobre a multifacetada atualidade econômica. Os tempos são de transição e acreditamos que a economia reagirá, mas, nesse momento, o quadro dominante é marcado por desemprego, inflação, baixo nível de consumo e baixa taxa de confiança no mercado. As cooperativas precisam agir e reagir nesse contexto, analisou.
Para superar os desafios, Suzin disse que é preciso investir em capacitação para que o cooperativismo catarinense continue como exemplo nacional de desenvolvimento. Acrescentou que as cooperativas catarinenses atuam em todas as atividades econômicas, no campo e na cidade, proporcionando renda e qualidade de vida para as famílias. Hoje, considerando que os 1,9 milhão de associados representam, cada um, uma família, mais da metade da população está direta ou indiretamente vinculada ao cooperativismo. Santa Catarina é, portanto, o Estado mais cooperativista do país.